sábado, 27 de abril de 2013

Celebração do aniversário de Buddha

 
Wesak é o mais importante dos festivais budistas. É a celebração do aniversário de Buddha durante a Lua Cheia de Maio, sendo para alguns budistas também sua iluminação e morte. A cerimônia é realizada quando Sol está no signo de Touro e a Lua no signo de Escorpião. É um dia de graças, de reunião com Shambhala, com nossa alma e com a humanidade. A força da luz do dia é universal.

Em 2013 a Lua Cheia ocorre em 25 de abril, um momento em que Buddha dispensa a maior quantidade de luz para a Terra e para todos os que desejam servir na terra. Antes da hora exata da Lua Cheia, os iniciados se reúnem na presença dos mestres iluminados para receber as mais altas dispensações da luz de Buddha, que também é dispensada no corpo do Terra no Vale do Wesak no Himalaia. Este encontro também pode ser conectado através de meditação.

O Wesak é celebrado com muita cor e alegria, mas também de muitos cânticos e orações. As casas são limpas e decoradas. Em muitos países os budistas vão visitar seu templo e fazem oferendas aos monges de alimentos, velas e flores. Presentes são oferecidos a Budha em seu altar, demonstrando respeito e gratidão por sua vida e ensinamentos.

Na China usa-se elementos tradicionais da cultura chinesa, como dragões dançantes durante as celebrações. Na Tailândia e na Indonésia são feitas lanternas especiais de Wesak em papel e madeira. Muitas vezes durante a cerimônia são libertados muitos pássaros engaiolados, que simboliza o desapego dos problemas e o desejo para que todos os seres tenham saúde e felicidade. 

A cerimônia do "Banho do Buddha" faz derramar água sobre os ombros do Buddha, como um lembrete para purificarmos nossa mente da cobiça, do ódio e da ignorância. Wesak marca um tempo para transformarmos nossa mente, nossa consciência e nossa alma, abrindo-nos para novas possibilidades e para absorver verdades universais como ensinada pelo Buddha. É um tempo de purificação e energização para alcançarmos os níveis mais elevados de entendimento.

BUDDHA

Buddha nasceu no século 6 a.C. ao norte da Índia, numa manhã de Lua Cheia do quarto mês lunar que corresponde quase sempre ao mês de maio. Siddhartha Gautama era filho de um rei e nasceu como um príncipe. Conforme os costumes da época, casou-se aos 16 anos viveu alegre e espreocupado até que Siddharta viu um velho, um doente, um cadáver e um asceta, o que lhe despertou uma profunda reflexão sobre a realidade da vida e do sofrimento dos homens. 
 
Aos 29 anos, apesar dos pedidos de seu pai, ele abandonou sua família e sua vida palaciana para buscar a verdade. Durante 6 anos percorreu seu país procurando mestres e ensinamentos. Adotou uma vida severa, mas nenhuma daquelas escolas lhe oferecia uma resposta satisfatória. Após esse período de mortificações e penitências, numa Lua Cheia do mês de Wesak, decidiu seguir um sentido interior que sempre tivera desde pequeno.

Certo dia foi banhar-se nas águas do rio Neranjara e sentou-se sob uma figueira, mais tarde conhecida como árvore Bodhi. Através da meditação de atenção plena em sua respiração, alcançou finalmente a Iluminação. Em seu viver, Buddha direcionou sua mente à completa destruição dos desejos, da ganância, dos prazeres, do apego, do engano, das superstições e da ignorância das nobres verdades.

Ele renunciou às comodidades que nos mantém adormecidos e presos aos prazeres e ao sofrimento numa tediosa roda de nascimentos e mortes, a roda do Samsara. Se propôs a sair da roda do Samsara e também ensinar os demais seres como sair dela. Descobriu que o que nos prende à roda da Samsara são os desejos produzidos pelos múltiplos agregados que todos levam em nosso interior. Só eliminando esses agregados poderemos ter acesso a um coração tranquilo e feliz.
 
Para isso precisamos retirar os véus da ilusões que não nos permitem ver a realidade, mantendo o pensamento livre de qualquer crueldade, da sensualidade e má vontade. É impedir os pensamentos negativos e desenvolver os pensamentos positivos, mantendo uma linguagem livre de engano, da mentira, do insulto, da malícia e da estupidez. É agir de modo correto, livre de atos de assassinato, roubo, adultério e da mentira.
 
É ter uma vida correta, longe do comércio perverso, da usura, dos entorpecentes, dos venenos, das armas e da morte de seres, ganhando a vida por meios retos e honoráveis. É viver atento ao presente e saber que o corpo, os sentimentos, a mente e os pensamentos são impermanentes e estão submetidos à decadência. É direcionar a mente para a meditação e reflexão observando a nossa respiração. É parar por um momento, mantendo silêncio e nos observarmos por inteiro. 

Buddha é uma palavra sânscrita que significa o Iluminado, o Desperto, isto é, aquele que está liberto da ignorância e pleno da suprema sabedoria. O despertar está no caminho do meio, no equilíbrio. Nem prazer nem dor, nem em uma grande alegria nem em uma grande tristeza. Pouco a pouco isso conforma uma mente sã e harmoniosa, capaz de compreender toda sombra egóica. O maior inimigo da Iluminação é o Eu.

Ele não foi uma divindade e nem profeta; foi um homem que encontrou e viveu a verdade. Após ter instruído sobre a Sublime Verdade, num dia de Lua Cheia Buddha passou para o Paranirvana com a idade avançada de 80 anos, na localidade de Kusinagara. Buddha sempre dizia: "Busca a iluminação e o resto te será dado por acréscimo". 
 

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