sexta-feira, 1 de maio de 2015

Lua Cheia de Maio - aniversário, iluminação e morte de Buddha

 
 

 
No próximo dia 04 de maio de 2015 às 00h42 estará acontecendo a Lua Cheia de Maio, quando será celebrado o aniversário, iluminação e morte de Buddha. Chamado de Wesak, é o mais importante dos festivais budistas, sendo um dia de graças, de reunião com Shambhala, com a nossa alma e com a humanidade.
 
A força da luz do dia é universal, momento em que Buddha dispensa a maior quantidade de luz para a
Terra e para todos os que desejam servir. Antes da hora exata da Lua Cheia, os iniciados se reúnem na presença dos mestres iluminados para receber as mais altas dispensações da luz de Buddha, que também é dispensada no corpo do Terra no Vale do Wesak no Himalaia. 
 
A cerimônia do "Banho do Buddha" faz derramar água sobre os ombros do Buddha, como um lembrete para purificarmos nossa mente da cobiça, do ódio e da ignorância. Wesak marca um tempo para transformarmos nossa mente, nossa consciência e nossa alma, abrindo-nos para novas possibilidades e para absorver verdades universais como ensinada pelo Buddha.  
 
 

Wesak é um tempo de purificação e energização para alcançarmos os níveis mais elevados de entendimento. Geralmente é celebrado com muita cor, alegria, cânticos e orações. Em casa faz-se a limpeza geral antes de colocar a decoração.
 
Em muitos países os budistas vão visitar seu templo e fazem oferendas aos monges de alimentos, velas e flores. Presentes são oferecidos a Buddha em seu altar, demonstrando respeito e gratidão por sua vida e ensinamentos.
 
Na China usa-se elementos tradicionais da cultura chinesa, como dragões dançantes durante as celebrações. Na Tailândia e na Indonésia são feitas lanternas especiais de Wesak em papel e madeira. Durante a cerimônia são libertados muitos pássaros engaiolados, sendo um simbolismo do desapego dos problemas e o desejo para que todos os seres tenham saúde e felicidade. 
 
 
 
Siddhartha Gautama ou Buddha nasceu no ano 563 antes de Cristo, numa região aos pés do Himalaia que hoje situa-se no Nepal. Era uma manhã de Lua Cheia do quarto mês lunar, que corresponde quase sempre ao mês de maio.

Filho de um rei, Buddha nasceu como um príncipe. Conforme os costumes da época, casou-se aos 16 anos viveu alegre e despreocupado. Certo dia viu um velho, um doente, um cadáver e um asceta, o que lhe despertou uma profunda reflexão sobre a realidade da vida e do sofrimento dos homens. 
 
Aos 29 anos, apesar dos pedidos de seu pai, ele abandonou sua família e sua luxuosa vida palaciana para buscar a verdade. Durante 6 anos percorreu seu país procurando mestres e ensinamentos. Adotou uma vida severa, mas nenhuma daquelas escolas lhe oferecia uma resposta satisfatória.

Após esse período de mortificações e penitências, numa Lua Cheia do mês de Wesak, decidiu seguir um sentido interior que sempre tivera desde pequeno. Certo dia foi banhar-se nas águas do rio Neranjara e sentou-se sob uma figueira, mais tarde conhecida como árvore Bodhi.

Através da meditação de atenção plena em sua respiração, alcançou finalmente a Iluminação. Em seu viver, Buddha direcionou sua mente à completa destruição dos desejos, da ganância, dos prazeres, do apego, do engano, das superstições e da ignorância das nobres verdades.  
 
 
Renúncia: Foi assim que Buddha renunciou às comodidades que nos mantém adormecidos e presos aos prazeres e ao sofrimento, numa tediosa roda de nascimentos e mortes - a Roda do Samsara.

Buddha se propôs a sair da roda do Samsara e ensinar aos demais seres como sair dela. Então descobriu que o que nos prende à Roda da Samsara são os desejos produzidos pelos múltiplos agregados e só eliminando-os poderemos ter acesso a um coração tranquilo e feliz.
 
Para isso precisamos retirar os véus da ilusões que não nos permitem ver a realidade, mantendo o pensamento livre de qualquer crueldade, da sensualidade e má vontade. É impedir os pensamentos negativos e desenvolver os pensamentos positivos, mantendo uma linguagem livre de engano, da mentira, do insulto, da malícia e da estupidez.
 
É agir de modo correto, livre de atos de assassinato, roubo, adultério e da mentira. É ter uma vida correta, longe do comércio perverso, da usura, dos entorpecentes, dos venenos, das armas e da morte de seres, ganhando a vida por meios retos e honoráveis.
 
É viver atento ao presente e saber que o corpo, os sentimentos, a mente e os pensamentos são impermanentes e estão submetidos à decadência. É direcionar a mente para a meditação e reflexão observando a nossa respiração. É parar por um momento, mantendo silêncio e nos observarmos por inteiro. 
 
 
Buddha é uma palavra sânscrita que significa o Iluminado, o Desperto, isto é, aquele que está liberto da ignorância e pleno da suprema sabedoria.
 
O despertar está no caminho do meio, no equilíbrio. Nem prazer nem dor. Nem em grande alegria nem uma grande tristeza. Pouco a pouco, isso conforma uma mente sã e harmoniosa, capaz de compreender toda sombra egóica. O maior inimigo da Iluminação é o Eu.
 
Buddha não foi uma divindade e nem profeta; foi apenas um homem que encontrou e viveu a verdade. Já com 80 anos, após ter instruído sobre a Sublime Verdade, num dia de Lua Cheia ele passou para o Paranirvana. Sempre dizia: "Busca a iluminação e o resto te será dado por acréscimo"... 


 
 
 

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